sábado, 30 de agosto de 2008

Duas saídas no plantel sénior

Depois das saídas já confirmadas de "Tininha" (Vieirense), Lourenço e Braz em relação à temporada transacta, juntam-se agora a estes jogadores, o médio Fernando e o avançado ex-junior Rocha. Desconhecemos os motivos que levaram à saída do médio, enquanto que Rocha abandona por motivos de natureza profissional.

A todos, boa sorte para o vosso futuro.

"Estar à frente de um gigante como o SCL Marrazes é um desafio para gente audaz"

ENTREVISTA A CARLOS VALENTE, PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DO SCL MARRAZES - PARTE I*

Carlos Valente, 41 anos, pertence aos quadros da Câmara Municipal de Leiria – área da Protecção Civil e Bombeiros –, é actualmente o gestor de segurança das infra-estruturas desportivas e de lazer da Leirisport, nomeadamente o Estádio Municipal de Leiria, Piscinas Municipais de Leiria, Caranguejeira e Maceira, Pavilhões Desportivos de Santa Eufémia, Caranguejeira, Arrabal, Maceira, Carreira, Bajouca, Pousos e Colmeias e do Parque de Campismo da Praia do Pedrógão. Em 2003 foi nomeado coordenador de segurança local para o EURO 2004 e em 2005 e 2008 representou o Comité de Organização Local na European Athletic Association para as áreas de acreditação e segurança. Natural de Timor, é desde Julho de 2007 o Presidente da Direcção do SCL Marrazes, democraticamente eleito pelos seus sócios. Foi atleta do nosso clube durante vários anos e, actualmente, é o líder de uma equipa de elementos que compõem uma Direcção que tem reabilitado o SCL Marrazes, devolvendo-lhe a credibilidade e a transparência que nem sempre foram apanágio do clube. Com pouco mais de um ano de mandato, já deixou a sua marca e os resultados do seu trabalho e da restante Direcção estão à vista. Carlos Valente aceitou ser entrevistado, em exclusivo, para o nosso blogue.

SCLMarrazesJovem Presidente, conte-nos o seu percurso enquanto jogador do SCL Marrazes.
Carlos Valente
Cheguei ao Marrazes pela mão do Prof. António Violante que, actualmente, pertence aos quadros técnicos da Federação Portuguesa de Futebol, depois do irmão, o Dr. José Violante, me ter sondado para ir para o União de Leiria. O António aconselhou-me a vir treinar aos Marrazes e foi ele quem me trouxe na sua moto a pedais para realizar o meu primeiro treino. Entregou-me àquele que viria a ser o meu primeiro treinador, o senhor Nini, e foi ele que me colocou pela primeira vez a jogar a lateral direito (eu tinha a mania que era avançado). Nessa época de 1980/81 fui Campeão Distrital de Iniciados e Campeão de série em Juvenis com direito a chamada à Selecção Distrital de Leiria. Nos anos seguintes, até aos Juniores, tive como treinador o senhor Fernando Santos passando aos seniores, sendo que com idade de júnior, ainda fiz a parte final do Campeonato Nacional da 3ª Divisão, época em que descemos. Estive mais duas épocas com o Sr. Manaça, onde vencemos uma final da Taça do Distrito de Leiria em 84/85 e garantimos o regresso à 3ª Divisão Nacional com a subida de 85/86. Destes dois últimos anos, recordo o respeito com que nós os mais novos chegávamos ao balneário e olhávamos aqueles que para nós eram uma referência. Entre outros, naquela altura pontificavam nomes como: Nuno Ferraria, Moleirinho, Paiva, Cardador e Paixão. Depois saí, aliás mandaram-me embora, porque a direcção na altura apostava forte e reforçou-se, com uma série de jogadores sonantes oriundos da Naval 1º de Maio, lembro-me do Santo António, Chuva e o treinador era o Mister Carlos Pio, nomes sonantes que ganhavam muito dinheiro na altura. Nós os mais novos, tivemos que mudar e aqui terminou o ciclo enquanto jogador, embora, anos mais tarde tivesse sido sondado para regressar, mas infelizmente não se veio a concretizar.

SCLMJ Explique-nos como surgiu a hipótese de presidir o nosso clube.
CV
Depois da saída, o SCL Marrazes ficou sempre no meu coração, como a qualquer um que por cá passa. Desde essa data, fui acompanhando os resultados desportivos, e observando o clube com alguma distância. Volvidos mais de 20 anos voltei. Voltei, pela mão do meu filho que ao ver algumas fotos de arquivo sempre foi dizendo que gostava de vir jogar para os Marrazes. Um dia, força do patrocínio da modalidade de hóquei em patins, fui convidado a assistir a um jogo, o miúdo gostou e quis experimentar iniciando a sua actividade com esta modalidade, para posteriormente, iniciar a prática de futebol. A partir daqui, comecei a reaproximação ao clube. Entre muitas conversas e abordagens ao assunto, alguns sócios questionaram-me sobre a minha disponibilidade para integrar uma lista. Inicialmente rejeitei, mas depois de me inteirar da situação do clube, decidi avançar por sentir que poderia ser útil. Avancei como líder do processo apoiando-me em alguns elementos da Direcção que até aí exerciam funções e “reforcei” o grupo de acção, com o Acácio Oliveira, elemento de capital importância para um dos sectores vitais de quaisquer instituições como é o pelouro do Património. Movido pela força do conhecimento, adquirido ao longo do tempo em que estive fora, a oportunidade que tive de conhecer “in loco” várias realidades desportivas, conceitos e metodologias de organização, quer ao nível desportivo quer ao nível associativo, levaram-me a decidir sem receios e de forma determinada.

SCLMJ Ser o responsável máximo de uma instituição tão sonante como o SCL Marrazes é um desafio hercúleo, acarreta sacrifícios pessoais e familiares, origina inimizades, conflitos, uma exposição mediática proporcional à grandeza da instituição, entre outros aspectos. Encontra-se arrependido de ter assumido estas funções?
CV
Assumo-me como alguém que gosta de grandes desafios e a minha família sabe isso. Exposições mediáticas sinceramente não me assustam, até porque, por inerência da minha actividade profissional, sou obrigado a conviver com estas situações. Quem fez parte da organização de eventos como o EURO 2004, dois campeonatos de Europa de Atletismo e uma dezena de jogos internacionais e outros tantos jogos de risco, tendo por responsabilidade a área funcional que tenho, não pode ficar assustado. A única verdade, é que ninguém consegue ou conseguirá nada sozinho e, neste momento sinto que não estou só, porque, atrás de mim, existe um grupo imenso de pessoas que não se expõem tanto quanto eu, mas que, sem eles nada conseguiria fazer. Estar à frente dum gigante como o SCL Marrazes é de facto um grande desafio, um desafio para gente audaz. Modéstia à parte, acho que devíamos ter chegado mais cedo. Afinal, no pensamento desta Direcção e em particular no meu, no SCL Marrazes, não basta dizer que somos superiores, temos de o fazer sentir às pessoas e instituições que nos rodeiam. Respondendo à questão do arrependimento, este surge quando nos deparamos com situações desagradáveis e inopinadas, mesmo que, eventualmente, possam acontecer coisas menos boas. Espero que não, jamais me arrependerei de ter liderado este clube, pois a relação que nos une é muito forte e quando o sentimento se torna em paixão não poderá haver motivos para arrependimento.

SCLMJ O slogan da vossa Direcção é “SCL Marrazes: Na Rota do Sucesso”. Após pouco mais de um ano de mandato, este ainda permanece válido?
CV
Respondo da forma como habitualmente costumo dizer, quando falo da nova imagem que criámos: após 71 anos de vida, o corvo já abriu as asas, apresenta uma imagem em plano de voo, desenhámos-lhe o trajecto, entrou na rota. No entanto, essa rota, só poderá não sofrer alterações se todos juntos, sublinho todos juntos, remarmos no mesmo sentido e lutarmos em conjunto por um clube cada vez mais forte. Na sequência deste slogan, digo-vos que para a nova época outro slogan está no ar, – Geração com força – será mais um slogan, para reforçar a ideia do trabalho conjunto com orientação virada a um só sentido.

SCLMJ Duas novas carrinhas de nove lugares, um autocarro, uma sede reabilitada, ATL, novas modalidades e actividades desportivas, um Coordenador para o Departamento de Futebol Juvenil, um campo sintético que parecia encalhado definitivamente na nossa mata, entre outros. Esta Direcção já entrou para a história do clube, pelo seu dinamismo e por, acima de tudo, passar das palavras aos actos. Como encara esta realidade?
CV
As pessoas que escolhi para me acompanharem são pessoas nas quais reconheço alguma semelhança comigo, em termos de perfil. A nossa, e em particular a minha filosofia, mais do que as palavras são os actos, simplesmente aquilo que o clube não estava habituado. O dinamismo implementado nasce também de alguma irreverência que tenho dentro de mim e que procuro transmitir aos meus companheiros, em que não é preciso estar à espera para fazer, o que conta é fazer. Confesso que pessoalmente tenho uma forma de estar muito própria, gosto de acção, de pessoas activas, que estejam para servir e não para se servir. A letargia não implementa movimento, e é a acção do movimento que provoca dinamismo, dinamismo que quero para o clube, só assim conseguimos e conseguiremos tornar o SCL Marrazes imenso. Mas atenção, não vamos adormecer “à sombra da bananeira” porque ainda há muito para fazer. Aliás, quando sentir que nesta Direcção pessoas haja que não acompanhem o ritmo, ou se acomodem à ideia de que está feito, para mim têm apenas mais uma oportunidade, apenas aquela que há-de dar lugar a outros. Sou e serei fiel ao princípio de que as pessoas passam, as instituições ficam e enganem-se aqueles que são insubstituíveis.

SCLMJ Explique-nos como se encontra financeiramente o SCL Marrazes.
CV
Financeiramente diria que estamos em recuperação. Tecnicamente o nosso problema é de tesouraria porque contabilisticamente o saldo é positivo. Quando chegámos há um ano atrás fui informado de um valor correspondente a determinado passivo, que julgava estar identificado mas, na verdade, esses indicadores não correspondiam à verdade. Com o desenrolar dos tempos, foram-nos aparecendo algumas dívidas, resultado de compromissos assumidos por outras Direcções e às quais a actual Direcção não se vai demitir de assumir, por inerência da nossa postura quer pessoal quer colectiva, pois somos pessoas de bem. Também aqui, o clube sofreu uma reestruturação porque os métodos utilizados não eram politicamente correctos. Quem me conhece sabe que a transparência sempre foi apanágio das instituições que representei, é um princípio do qual eu não abdico. Aos sócios é devido o direito à informação dos movimentos contabilísticos e o resultado dos exercícios. A reformulação referida passa, genericamente, pela distribuição sectorial de responsabilidades onde cada Departamento ou Modalidade funcionam como Centros de Responsabilidade e pela sua acção têm custos e proveitos devendo cada um deles ser apresentado em relatório, numa primeira fase individualmente. Considerando a aposta na criação de serviços e outros meios que funcionem como fontes de receita, elementos fundamentais para o suporte das bases de sustentabilidade futura, poderei dizer que durante o ano de 2009, o SCL Marrazes terá claramente as contas equilibradas. Mas, para que se atinjam esses resultados, é importante que haja sentido de responsabilidade na contenção e no controlo dos custos, assim como um investimento devidamente calculado e sustentado.

SCLMJ É inevitável falarmos das relações institucionais entre SCL Marrazes e o U. Leiria, nomeadamente em questões relacionadas com o Futebol Juvenil. Que tipo de entendimento existe entre as duas instituições?
CV
Em primeira instância, o SCL Marrazes deverá manter boas relações institucionais com todas as colectividades. No entanto, é importante que cada um, no seu lugar, saiba interpretar e vergar-se ao respeito mútuo que deverá presidir nessa relação. O presidente do SCL Marrazes é uma pessoa de diálogo e jamais se demitirá de ouvir e criar boas relações institucionais. No caso vertente, o relacionamento entre Direcções, não poderá nem deverá fugir das regras do entendimento e respeito. Mas, se por algum momento sentir que as situações possam estar a desviar-se, não abdicarei dos princípios que emanam da expressão popular “quem com ferro mata com ferro morre…” As rivalidades herdámo-las dos nossos pais e avós e tudo farei para as perdurar dentro dos princípios éticos que atrás referi. Da forma que nos respeitarem, respeitaremos e ninguém tem de se submeter a actos de subserviência ou vassalagem. A medida de grandeza de cada clube estará no subconsciente de cada adepto ou simpatizante, mas sempre, e volto a dizer, sempre com respeito. Obedecendo às leis de jogo, atitudes de rivalidade apenas as devemos manter dentro de campo, onde aí lutaremos até à exaustão pela vitória.

*A segunda parte desta entrevista será publicada na próxima semana.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Jogo de Preparação em Albergaria-dos-Doze

ARCUDA 1-2 SCL MARRAZES

O SCL Marrazes chegou ao intervalo a vencer por uma bola a zero, com golo de Diogo Jorge. O mesmo jogador ampliou o marcador na segunda parte. Até ao final do jogo, o ARCUDA ainda conseguiu o seu tento de honra. Este foi mais um teste de preparação em que a nossa equipa se exibiu a um nível bastante razoável.
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Próxima partida de preparação dia 1 de Setembro, segunda-feira, na Boavista, frente à equipa local.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Jogo de Preparação em Pombal

SP. Pombal 4-1 SCL MARRAZES

Entrou melhor a nossa equipa com um golo de Diogo Jorge. O Sp. Pombal consumou a reviravolta no marcador ainda antes do intervalo, com dois golos sem resposta, um deles de grande penalidade. Na segunda parte, o SCL Marrazes entrou com uma equipa mais jovem, com destaque para três elementos oriundos da nossa equipa júnior que vêm trabalhando com o plantel sénior. São eles Márcio Vitorino, Bruno Nathis (Konguito), e Pedro Li. O Pombal fez mais dois golos (um de grande penalidade). Foi um bom teste, apesar de muitas ausências de jogadores importantes. Amanhã haverá mais um jogo de preparação em Albergaria-dos-Doze frente ao ARCUDA.

Jogos de Preparação da Equipa Sénior

A equipa sénior do SCL Marrazes tem alguns jogos já agendados para a sua pré-época. São os seguintes:

- 28-08: Sp. Pombal - SCL Marrazes
- 29-08: ARCUDA - SCL Marrazes
- 01-09: Boavista - SCL Marrazes
- 04-09: SL Marinha - SCL Marrazes

Daremos sempre a informação dos resultados destes jogos, bem como os marcadores da nossa equipa. Contamos ainda informar os nossos visitantes da realização de outros jogos de preparação, assim que for possível.

Espaço de Entrevistas


A próxima personalidade convidada pelo nosso blogue dispensa apresentações. Será um grande exclusivo do nosso blogue. Uma entrevista pertinente e do interesse geral dos marrazenses e não só.
Estejam atentos, a qualquer momento no SCL Marrazes Jovem.

Marrazes critica atrasos nas obras da Aldeia do Desporto

O presidente do Sport Clube Leiria e Marrazes, Carlos Valente, e o técnico António Paiva, lamentam o atraso nas obras da Aldeia do Desporto. A presidente da Junta de Freguesia, Sofia Carreira, garante que o processo terá uma solução a contento de todos os envolvidos

A equipa principal de futebol de 11 do Sport Clube Leiria e Marrazes (SCLM), que no próximo dia 21 de Setembro iniciará o Campeonato Distrital da Divisão de Honra, voltou ao trabalho recentemente e o presidente Carlos Valente está inconformado com as condições actuais da Aldeia do Desporto. "Os jogadores seniores do nosso clube são amadores e por isso treinam a partir das 19h30. Porém, na Aldeia do Desporto não existe iluminação, nem balneários, nem sequer balizas. Houve a promessa que a iluminação estivesse pronta na semana passada, mas tal não aconteceu e os atletas são os mais afectados. A presidente terá de dizer aquilo que quer para a Freguesia, porque estou a falar da sua equipa mais representativa e de uma umas das maiores do concelho. O clube tem feito todos os esforços para colaborar com a Junta, mas não tem sido contactado para o efeito. Parece-me que há gente que deseja trabalhar sozinha. Estamos com a presidente, mas desejamos que ela esteja connosco, aliás já lhe disse isto pessoalmente. Sempre a apoiarei em tudo o que for para o desenvolvimento da Freguesia e do clube", afirmou ao nosso jornal o dirigente desportivo. Carlos Valente adiantou ainda que o SCLM não pactua com "tanta letargia e passividade demonstrada. Se eu estivesse no lugar da presidente, o empreiteiro teria de andar mais depressa para que fossem cumpridos os 'timings' na execução da obra. Não se compreende que os negativos no solo onde serão instaladas as balizas, não correspondam às medidas regulamentares. Uma baliza está correcta (7,32 metros) e outra (7,11 metros) entre os postes. Julgo que será erro do empreiteiro, que anda a enganar a presidente, quer nos prazos quer no desenvolvimentos da obra, daí gostar de saber quem a fiscaliza", acrescentou Carlos Valente. O técnico António Paiva também não está muito satisfeito com a situação. "Saímos do coração de Marrazes, andamos de casa às costas e acabamos por treinar cerca de 45 minutos, porque não há iluminação. Teremos de nos ambientar a todas as mudanças e está a ser complicado. Existem pequenos grandes pormenores como a própria aquisição de botas para a relva, treinos com outras equipas que não fazemos devido a todas estas lacunas e, inclusive, temos alguns jogadores insatisfeitos porque assinaram a contar com uma coisa e encontram outra. Todavia, a direcção tem feito o possível para nos dar as melhores condições", aponta António Paiva. Sofia Carreira promete boas notícias. O Diário de Leiria ouviu a presidente da Junta de Freguesia de Marrazes, Sofia Carreira, que ao fecho da edição do jornal prometeu dar boas notícias ao SCLM sobre a questão em causa. A autarca adiantou que entende a ansiedade de quem precisa das instalações como o Marrazes, acrescentando: "Somos uma entidade pública e teremos de nos reger pela legislação referente à obra e toda a matéria que a isso diz respeito. De facto as questões técnicas foram sempre as mais complicadas nas obras públicas. Relativamente à iluminação, refiro-me à colocação dos postes, as infra-estruturas estão no local. Hoje (ontem) tive uma última reunião com os responsáveis da empresa que tratam das infra-estruturas. Da nossa parte têm sido desenvolvidos todos os esforços para dar ao clube as condições necessárias para o melhor sucesso. Numa obra com tal dimensão não existem só facilidades. Também não existe qualquer tipo de má vontade da nossa parte, até pelo contrário. São obras com uma dimensão considerável de legislação, que serão, com certeza, resolvidas a contento de todos. Espero dar hoje (ontem) as melhores notícias ao SCLM sobre a questão", conclui, com optimismo, Sofia Carreira.

Tuna Caranguejeiro

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

"O meu sangue é NEGRO"

ENTREVISTA A DIOGO JORGE, JOGADOR DA EQUIPA SENIOR DO SCL MARRAZES

Diogo Jorge, perto de celebrar 20 anos de idade, é mais um dos vários jogadores da equipa de seniores do SCL Marrazes que reflecte o bom trabalho desenvolvido nos nossos escalões de formação. Jogador polivalente no sector ofensivo, com tendência para jogar nas alas, deu nas vistas quando no seu 2º ano de júnior foi chamado para integrar o plantel sénior, com Gonçalo Moleirinho no comando técnico. Desde então cimentou o seu lugar na equipa, e é um dos extremos mais temidos do futebol distrital leiriense. Diogo aceitou dar uma breve entrevista ao nosso blogue.

SCLMarrazesJovem Diogo, conta-nos o teu percurso enquanto jogador do SCL Marrazes.
Diogo Jorge Cheguei ao clube em Janeiro de 1998, com 9 anos, e o meu primeiro treinador foi o Sr. João Rocha. Daí até aos Iniciados andei sempre no escalão acima da minha idade. Depois disso tive mais cinco anos de formação nas camadas jovens do clube, e esta nova temporada é a minha terceira época no escalão máximo do Clube.

SCLMJ Tal como o Miguel, foste sempre um jogador que sobressaiu nos escalões de formação do clube, apesar das tuas equipas, de um modo geral, terem apresentado resultados bastante modestos e sempre aquém do esperado. Consideras que a tua evolução como jogador foi prejudicada por esse factor?
DJ É provável que tenha sido afectada mas não posso ter certezas quanto a isso, pois só posso falar das experiências que vivi. Quem sabe se tivesse outras experiências durante as camadas jovens, como por exemplo jogar nos Nacionais, a minha formação pudesse ter sido pior. Mas, de facto, durante as minhas épocas de formação nunca houve, por exemplo, nos treinos, o empenho necessário e a competitividade interna nas equipas para que todos os jogadores se pudessem esforçar mais para obter o melhor desempenho possível. Contudo, o que eu tenho de pensar é que ainda tenho mais alguns anos para evoluir como jogador, tanto tecnicamente como psicologicamente, pois bem preciso.

SCLMJ Tiveste vários treinadores ao longo do teu percurso no nosso clube. Revela-nos quais é que mais te marcaram.
DJ Tenho de agradecer a todos os treinadores porque seria injusto não o fazer. Apesar de gostar mais de uns do que outros, penso que nunca me quiseram prejudicar. Mas o facto é que realço três deles, são eles o Sr. João Rocha a quem tenho muito respeito, o Mister Nini pela sua maneira de lidar com o futebol e com as pessoas, e como não poderia deixar de mencionar, o Gonçalo Moleirinho, não só pela confiança que depositou em mim, mas também pela sua organização e os seus métodos de trabalho. È um treinador de outro nível e adorava fazer outra época com ele.

SCLMJ A época passada foi marcada pela obtenção da manutenção na última jornada. Tiveste pois, duas épocas contrastantes ao nível das classificações finais do clube. Que causas apontas para este facto?
DJ Tudo foi diferente, apesar de os jogadores terem sido quase os mesmos, o que é certo é que se notou a falta de um ou dois jogadores-chave. E depois aponto a falta de motivação e faltas a treinos para a época desastrada que fizemos. Os resultados não foram aparecendo e a equipa começou-se a desmoronar. Já há duas épocas, o grande começo de época fez com que jogo a jogo se acreditasse que a subida seria possível.

SCLMJ Estiveste com os dois pés no Portomosense. Esclarece-nos essa situação e explica-nos os motivos te levaram a permanecer no SCL Marrazes.
DJ
As duas principais razões que me levaram a permanecer no Marrazes foi a descida do Portomosense e depois foi o novo projecto que a direcção do Marrazes me apresentou e consequente mudança no Clube e nas infra-estruturas. Este foi o momento que sempre esperei, pois desde que comecei a fazer parte desta FAMÍLIA que ouço dizer que “para o ano vai haver relvado” e este ano que vai ser possível, eu gostaria de estar presente. Agradeço imenso à direcção do Portomosense pois foram fantásticos e compreenderam os meus motivos. Penso ter sido a opção correcta pois também sinto que ainda tenho algo a dar a esta Grande Casa e a esta direcção por tudo o que têm feito. Sinto que preciso de fazer mais esta época de corvo ao peito.

SCLMJ És ainda muito jovem e tens um potencial inegável. Tens ambições no futebol? Até onde sentes que podes chegar?
DJ Sim, claro que tenho. Um miúdo com a minha idade tem sempre ambições e sonhos, mas peço desculpa pois essas ambições vou guardá-las para mim. O importante neste momento é captar e absorver tudo o que o futebol tem de bom para que assim me prepare e tentar chegar o mais longe possível. Por outro lado, não quero deixar de estudar e por isso tenho de pensar bem e não ter pressas, pois quem espera sempre alcança.

SCLMJ Contudo, a opinião geral é de que ainda não amadureceste o teu futebol e ainda apresentas alguma irregularidade exibicional. O que falta para explodires definitivamente?
DJ Sim, é verdade. A minha primeira época correu bem melhor que esta última, na qual tive alguns problemas físicos. Acabei por não fazer a pré-época, no meu segundo treino fiz uma entorse na tíbio-társica e logo aí perdi o início de campeonato, ficando um pouco limitado. Realmente, uma das grandes lacunas que tenho é o de não saber diferenciar quando tenho de fazer o passe ou o drible e, por vezes, saio penalizado por isso. Corrigindo este erro e ganhando um pouco mais de experiência penso estar apto para fazer uma época a um bom nível.

SCLMJ Quais as tuas expectativas, a nível colectivo e individual, para esta época?
DJ Este ano a fasquia pode ser alta, pois confio plenamente no plantel e agora ainda mais pelo novo piso. A qualidade da equipa vai subir substancialmente e por isso acho que vamos obter uma boa classificação apesar das grandes equipas que vão existir este ano, o que é muito bom para todos os clubes participantes na Divisão de Honra. A nível individual, peço só que não tenha nenhuma lesão me, pois se isso não me acontecer, estou confiante que as coisas vão sair bem. Não sou de linear objectivos e barreiras, confio em mim e o importante é ajudar o Marrazes. Mas já agora, pelo menos marcar mais golos que o “Bocas” e que o Miguel (risos).

SCLMJ Os sócios e simpatizantes do nosso clube passarão a ver os jogos em tons de verde como pano de fundo. Que comentário te merece a nova realidade que é o piso sintético?
DJ Uma palavra: ALELUIA! É um benefício para todos os que praticam a modalidade, desde dos mais novinhos aos mais velhos. Só vem trazer mais qualidade de treino e de condições que posteriormente se revelarão na qualidade colectiva e individual dos jogadores. Se anteriormente com pelado saíam pedras por lapidar, agora podem sair já lapidadas. É o passo mais importante, pois com estas condições duvido que alguns miúdos queiram trocar o Marrazes por um U. Leiria, e já agora poderemos e deveremos aspirar à subida aos Nacionais nas camadas jovens a curto prazo. Um obrigado a todos os que se esforçaram para que a “velha historia do campo relvado” se tornasse real.

SCLMJ Há muitos anos que o SCL Marrazes faz parte da tua vida. O que significa para ti o nosso clube?
DJ É a instituição onde tenho muitos amigos e é o clube que me deu proporcionou obter as experiências, que me fazem ambicionar algo no futebol. Por isto, é fácil de perceber que o meu sangue é NEGRO, senão não teria aceite jogar mais esta época.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Espaço de Entrevistas


O próximo entrevistado do nosso blogue é um jovem jogador do nosso clube e que vai abordar as suas experiências, os seus pontos de vista e suas ambições.
Dentro de poucos dias, aqui no SCL Marrazes Jovem.

Captações e Inicio de Treinos

Tira as tuas duvidas.

Pergunta-nos tudo o que queiras saber sobre o início dos treinos e as captações que nós esclarecemos-te. Para isso basta deixar as tuas questões nos comentários que nós assim que tivermos resposta publicaremos as mesmas.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Inicio dos trabalhos dos Seniores


Começou a época 2008/2009.
A equipa sénior do SCL Marrazes deu inicio á nova época estreando assim o novo campo sintético que vai estar ao dispor do clube a partir de hoje. Este primeiro treino ficou marcado pela presença de algumas caras novas que ficaram encantados com as condições do novo relvado. Neste primeiro dia de trabalho destaque também para a presença da Senhora Presidente da Junta de Freguesia de Marrazes que tornou a salientar o esforça que esta a fazer para que todas as condições para a pratica do futebol estejam prontas a tempo de todos os campeonatos onde o clube entrar poderem-se realizar ali mesmo. Este vai ser um campeonato bastante competitivo em que o SCL Marrazes se propõe a fazer uma prova tranquila evitando os sobressaltos da época passada, lembro que na época passada apenas foi possível assegurar a manutenção no ultimo jogo.
Para atingir os objectivos , a manutenção, o mais rapidamente possível o Marrazes conta com os seguintes jogadores:
Guarda-Redes - Bruno Clemente, "Cacola", Gonçalo Dinis e Fernando (ex-Matas)
Defesas - Ruben, Parreira, "Portugal", João Carlos, Mário Wilson (ex-Ouriense) , João André (ex -Motor Clube), Pedro Amado(ex-júnior) e Nuno Sousa.
Médios - Sandro, Fernando, Marco, André Gameiro (ex-Caranguejeira), Tiago Clemente (ex- júnior) e Miguel.
Avançados - Diogo Jorge, Seco, Alberto, "Bocas", Diogo Bernardes (ex-júnior), Rocha (ex-júnior) e Telinho (ex-júnior) .
Equipa Técnica : António Paiva e José Cova .
Entretanto foi possível apurar que o plantel pode ainda não estar fechado sendo que nos próximos dias possam existir novidades a esse respeito.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

"O Marrazes é um Clube diferente"

ENTREVISTA A FERNANDO TIMÓTEO, SECRETÁRIO-GERAL DO SCL MARRAZES
Fernando Timóteo, 46 anos, natural das Caldas da Raínha, ocupa desde a época passada o cargo de Secretário-Geral na Direcção do SCL Marrazes. Com um passado e um presente ligados ao nosso clube foi durante um primeiro período Vogal da Direcção nas épocas de 1985/86 a 1988/89 e num segundo período na época 2006/2007 (Seccionista Futebol Juvenil – Escolinhas). É actualmente, um dos rostos da credibilidade, do esforço e empenho da Direcção do SCL Marrazes. Fernando Timóteo aceitou falar ao nosso blogue.

SCLMarrazesJovem Fernando, conte-nos o seu percurso enquanto dirigente/director do SCL Marrazes.
Fernando Timóteo
Iniciei o meu percurso como Dirigente do Clube na já distante época de 1985/86, na altura era eu um "miúdo de vinte e poucos anos", sem qualquer experiência sobre o que era ser-se Director de uma Colectividade como o SC Leiria e Marrazes atendendo à sua importância e dimensão no seio do futebol em Portugal e em particular no futebol juvenil. Na altura o Marrazes disputava a 3ª Divisão Nacional em Seniores, os Juniores e Juvenis disputavam os respectivos Campeonatos Nacionais, os Iniciados "passeavam-se" pelo Campeonato Distrital, garantindo sempre um lugar na extinta Taça Nacional pois na época ainda não existia o Campeonato Nacional nos moldes que hoje se disputa, mas nesse tempo já o Clube honrava a terra, a cidade e de uma maneira geral o distrito, pois conseguia alcançar sempre um lugar de destaque na competição, como por exemplo ter chegado às meias-finais na época de 1984/85, um ano antes de eu cá ter chegado, e ter jogado em Coimbra com o FC Porto (de Vítor Baía), perdendo essa épica partida. Respondendo à questão de como iniciei o meu percurso como Director, posso dizer que como Vogal da Direcção na altura, desempenhei as funções de Seccionista da equipa de Juvenis mas também dando o meu singelo contributo na equipa de Infantis que entretanto se formara para disputar o respectivo Campeonato Distrital.

SCLMJ Concretamente, que funções estão estipuladas para si enquanto dirigente do nosso clube?
FT Como Secretário-Geral estou ao lado do Presidente para o apoiar nas mais variadas actividades e decisões que venham a ser tomadas e introduzidas no Clube, como por exemplo, em alguns casos, em que por manifesta impossibilidade de este não se poder fazer representar serei eu a tomar o seu lugar. No fundo sou como um assessor do Presidente. Cumpre-me ainda promover e participar nas reuniões da Direcção, elaborar as respectivas Actas, organizar actos administrativos, colaborar com os restantes elementos da Direcção no sentido de colocar em prática todas as actividades desenvolvidas no Clube e no fundo um sem número de aspectos que não são visíveis mas que são essenciais para o dia-a-dia do Marrazes.

SCLMJ Contudo, para quem acompanhou minimamente o dia-a-dia do SCL Marrazes, a sua acção era bem mais abrangente. Explica-nos este facto.
FT Esta resposta vem no seguimento da questão anterior pois para além do que atrás referi acompanho todas as áreas e sectores do Marrazes. Apoio os elementos do Futebol (Senior e Juvenil) na planificação e estruturação dos respectivos Departamentos, na marcação de jogos-treino para as diferentes equipas, na planificação logística tal como distribuição de transportes, marcação de exames médicos dos Atletas, desde o Hóquei em Patins à Patinagem Artística, do BTT ao Jiu-jitsu. Também o Departamento Clínico está a ser alvo de mudança, como o dotar de meios humanos e materiais neste sector para que as equipas tenham sempre alguém que lhes possa valer em caso de alguma lesão que possa ocorrer durante um jogo ou um treino. No fundo, acabo por estar praticamente sempre ligado ao Clube e ainda porque há aspectos que têm que ser analisados e decididos quase que no imediato. Claro que só consigo resolver os problemas graças ao excelente grupo de trabalho que é formado por esta Direcção bem como com todas as pessoas que de uma forma ou outra colaboram com o Marrazes. No fundo o que se pretende como resultado é o sucesso do Marrazes. Estes são alguns exemplos em como procuro ajudar a colaborar para o futuro do Clube.


SCLMJ O slogan da nossa Direcção, como sabe, é "SCL Marrazes: Na Rota do Sucesso". Após um pouco mais de um ano de mandato, considera-lo válido e como reflexo do trabalho até hoje desenvolvido pela mesma?
FT
Claro que sim. Aliás não faria sentido este slogan existir se não houvesse uma melhoria no Clube. Não vou aqui dizer que ao fim de um ano de mandato desta Direcção se fez muito ou se fez pouco. Está-se a dotar o Clube de uma dinâmica que, no meu entender (e na óptica da Direcção), é a melhor para o Marrazes. Repare-se que actualmente o nosso Clube já é visto pelas entidades oficiais de uma maneira diferente. É respeitado, é reconhecido, é convidado a ser parceiro nalgumas iniciativas, é, de uma forma geral, o Marrazes dos tempos de glória.


SCLMJ Duas novas carrinhas de 9 lugares, um autocarro, uma sede reabilitada, ATL, novas modalidades e actividades desportivas, um Coordenador para o Departamento de Futebol Juvenil, um campo sintético que parecia encalhado definitivamente na nossa mata, entre outros. Esta Direcção já entrou para a história do clube, pelo seu dinamismo e por, acima de tudo, passar das palavras aos actos. Como encara esta realidade?
FT Apenas posso afirmar que para a história entrou o SC Leiria e Marrazes. Aliás o Marrazes só por si já é um histórico. Julgo que a chegada ao Clube de pessoas com ideias diferentes, com ideias mais abrangentes, e porque não dizer arrojadas, mas conscientes das dificuldades porque passa o Clube, dotaram esta casa de uma dinâmica que muitos, provavelmente, não acreditariam no sucesso do trabalho até hoje realizado. Não vou aqui dizer que antes não se fez nada. Não, se calhar fez-se o possível. Mas de uma forma geral também não se fez o que de certa forma teria sido o mais indicado. Perceber-se o que é o SC Leiria e Marrazes. Em jeito de conclusão posso garantir que foi realizado algum trabalho, mas ainda não foi nada daquilo que esta Direcção pretende para o Clube.


SCLMJ O SCL Marrazes neste momento tem condições para ser auto-suficiente do ponto de vista financeiro? Que fontes de receita possui o nosso clube?
FT
Neste momento, o Marrazes ainda não é auto-suficiente. Também é um pouco difícil devido aos graves problemas que a sociedade atravessa. Contudo, julgo que dentro de algum tempo e pela forma como se está a encarar o futuro, o Clube será ser capaz de gerar a sua própria receita deixando de ser "subsidio-dependente". Hoje já se consegue trabalhar sem ter que se estar à espera que "caia" mais um subsídio. Repare-se que as novas modalidades que vieram para o Marrazes já são um produto que visa dar receita ao Clube. Também o pagamento de uma mensalidade por parte dos atletas dos escalões de formação (até aos Sub-13) é uma ajuda preciosa para as "finanças" desta casa.

SCLMJ O Fernando acompanhou, de uma maneira geral, os jogos das nossas equipas de formação. Como avalia o desempenho da época passada?
FT A época passada foi excelente em termos de resultados finais pois conseguiu-se o que há muito se perseguia: a vitória. Vejamos: fomos Campeões Distritais em Futebol de Sete com a equipa de Sub-13; conquistámos a Taça Distrital de Iniciados; subimos de divisão (da Primeira para a Honra) em Juvenis, tendo conquistado o titulo de Campeões Distritais, objectivo este há muito ansiado; os Juniores obtiveram uma classificação honrosa no respectivo Campeonato da Divisão de Honra (a melhor dos últimos anos). Tivemos vários jogadores a representar as Selecções Distritais nos respectivos escalões para que foram chamados. Vários jogadores a serem convidados a prestar provas tanto no SL Benfica como no Sporting CP. Inclusivamente, saíram do Clube três atletas para se vincularem ao SL Benfica. Alguns a serem abordados para representar outros emblemas da região. No fundo é motivo de orgulho ver-se e perceber-se que no Marrazes já se começa a trabalhar com algum método. Também não vou dizer que tudo foi óptimo. Não. Também existiram algumas lacunas, cometeram-se alguns erros, nem sempre todas as equipas da formação foram acompanhadas como deveriam ter sido. Mas temos que entender que não é fácil arranjar gente para apoiar. Agora como resultado final, posso dizer que foi bastante positivo.

SCLMJ Apesar de pertencer à família marrazense, existe outro clube no nosso distrito que divide o seu coração, o Caldas SC. Como nasceu esta afinidade pelo maior clube da região oeste do distrito de Leiria?
FT Sendo eu natural das Caldas e com fortes ligações a esta terra, é muito natural que sinta gosto e prazer em ser adepto e sócio do Clube da minha cidade. Espero que as pessoas não me levem a mal e que me compreendam, mas quem não gosta do Clube da sua terra? Reparem, muitos são do SL Benfica, FC Porto ou Sporting CP e depois são do Marrazes. Porquê? São de Lisboa? São do Porto? Ou será que são dos Marrazes? Tenho consciência do incómodo que é para muitas pessoas eu assumir-me do Caldas SC mas também posso garantir que gosto do Marrazes como eles. Não sou hipócrita ao ponto de discordar de outras ideias, de não gostar de ver A, B ou C na Direcção do Clube e depois vir para a praça pública criticar, dizer mal, deixar de ser sócio só porque A, B, ou C não comungam dos mesmos ideais que eu. Afinal quem é que é amigo do Marrazes? Ao assumir-me Caldense sei os riscos que corro, percebo a preocupação de alguns, mas também tenho noção da realidade. Acima de tudo estou no SC Leiria e Marrazes de corpo e alma.

SCLMJ Fernando, por curiosidade, reparámos que durante as suas intervenções escritas em blogues do nosso clube, escreve SC Leiria e Marrazes e não, por exemplo, SCL Marrazes. Este pormenor tem algum significado específico?
FT Esta é uma pergunta muito pertinente. Desculpem-me a minha sinceridade mas ao referir-me ao Marrazes como SC Leiria e Marrazes só quero reforçar ainda mais o nome do Clube. Sendo o SC Leiria e Marrazes o Clube mais velho do concelho de Leiria, tendo a palavra Leiria na sua denominação, sendo uma Colectividade da cidade de Leiria, então porque não levarmos o nome da nossa cidade aliado ao Clube da nossa terra? Sei que poderá ser uma afronta para muitos ter que lidar com esta forma de pensar, até porque pode confundir-se com outro nome, mas vivemos no século XXI. Estão longe as "guerras" entre Leiria e Marrazes mas uma coisa é certa: será que conseguem viver sem Leiria? O contrário também é questionável: será que conseguem passar sem Marrazes? Assim, e olhando também ao aspecto de publicidade e de marketing julgo que a designação SC Leiria e Marrazes poderá ser muito benéfica para o futuro do nosso Marrazes.

SCLMJ Que significado tem para si o SCL Marrazes?
FT
Orgulho é um sentimento que me percorre desde pequeno. O Marrazes é um Clube diferente, é qualquer coisa que me faz sentir diferente mas satisfeito. Recordo-me dos tempos de glória, de ver grandes nomes a vestirem a camisola preta e a dignificarem-na. Lembro-me de treinadores como Janos Biri (que chegou a ser campeão pelo SL Benfica), Germano (também ex-SL Benfica e Campeão Europeu) e muitos outros que por cá passaram. Das tardes em que o Parque de Jogos estava cheio de adeptos, das noites maravilhosas quando se realizavam torneios organizados pela AF Leiria. No fundo também sinto algo de nostálgico mas com a esperança que o amanhã do nosso Clube vai ser novamente o sucesso de outros tempos.
FORÇA MARRAZES Q’AINDA HÁ ESPERANÇA!!!

Espaço de Entrevistas

A próxima personalidade do clube a ser entrevistada pelo nosso blogue é um elemento da Direcção do SCL Marrazes, contrastando com as últimas entrevistas feitas a jogadores e treinadores do clube. Dará-nos a conhecer o seu passado e presente no clube, bem como o seu ponto de vista de outros assuntos pertinentes.
A qualquer momento, será publicada.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Futebol Sénior: ínicio de época

Na próxima 2ª feira, dia 18 de Agosto, arranca a nova temporada da equipa sénior do SCL Marrazes, no qual será apresentado o plantel à equipa técnica e direcção do clube, bem como decorrerão os exames médicos a todo o plantel.
Na 3ªa feira, dia 19, iniciarão-se os treinos da equipa.
Contamos em breve, disponibilizar o calendário de jogos de pré-época.

Esperamos que seja o ínicio de uma boa temporada. Boa sorte a todos os intervenientes!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Histórias do Marrazes

Futebol Clube Marrazes

Nos primeiros anos da sua existência o Marrazes apenas realizava jogos de futebol amigáveis.
No ano de 1944 inscreveu-se pela primeira vez no Campeonato Distrital de Futebol, como único representante de Leiria, emparceirando com o Torreense, Caldas, Peniche, Marinhense, etc.
Sem que tivesse sido sempre honrosas as suas classificações no referido campeonato, uma época houve em que arrancou o título de vice-campeão.
Ascendeu o F. C. M. á III Divisão Nacional, na época de 1951/52 em cuja época conseguiu a modesta classificação de 5º na respectiva série.
Se é certo que aquela classificação foi modesta, não foi , todavia, motivo para desanimo dos seus dirigentes e associados. Tratava-se do 1º ano em que disputava tão dura prova.
O desanimo nunca se apoderou das pessoas que guiavam os destinos do clube, antes pelo contrario, ganharam alento para prosseguir.
Assim na época seguinte mercê de grandes esforços e despesas, reforçaram a sua equipa principal com elementos de reconhecido valor, guindando-se no 3º posto do Nacional da III Divisão e diga-se de passagem que se não arrancou o titulo de Campeão de Série foi porque uma tarde de má sorte, em Soure; dele o arredou.

PERSISTÊNCIA !.... PERSISTÊNCIA !...... PERSISTÊNCIA !..... eis a divisa

A direcção do Marrazes animada com o feito de 52/53 e verificando a possibilidade de fazer mais e melhor, tendo sempre em mente que "Para a frente é que é o caminho", redobrou de esforços e assim recrutou para os seus quadros mais alguns elementos de real valor.
Estava lançada a semente para arrancada triunfal. O fruto surgiu, mas, não sem que lhe tivessem aparecido pelo caminho obstáculos difíceis de transpôr.
Mas enfim, todos os obstáculos se venceram e eis o FUTEBOL CLUBE MARRAZES, alcandorado num lugar de destaque numa das Divisões dos Campeonatos Nacionais de Futebol - "CAMPEÃO DE SÉRIE DA III DIVISÃO NACIONAL" - e apurado para os 1/4 de final.
Muito se tinha feito. A caminhada tinha de ter o seu fim.
Nesta fase a sorte foi absolutamente adversa ao F. C. M., pois, sem que queiramos tirar o valor ao vencedor da zona, - Sport Benfica e Castelo Branco -, poderia o Marrazes, com um soprosinho de felicidade, ter atingido, as 1/2 finais.

CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO

Como acima se diz não se chegou ao fim do campeonato, sucumbimos na cidade Albicastrense, frente a um adversário que foi justo vencedor, mas o Marrazes também foi um digno vencido. Não conquistou o direito á fase imediata, mas conquistou um outro honroso titulo - O CAMPEÃO DO DESPORTIVISMO -, como provam vários artigos de diversos jornais, entre os quais se destaca o que passamos a transcrever e que foi publicado no jornal RECORD, de 8 de Maio de 1954:

" MARRAZES É UM EXEMPLO..."
Sucedeu no domingo passado. Jogava-se a segunda mão dos 1/4 de final para o Campeonato da III Divisão entre o Sport Benfica e Castelo Branco e o Futebol Clube de Marrazes. À semelhança do que sucedera no primeiro jogo os Albicastrenses venceram classificando-se para as meias finais.
Rezam as crónicas que a partida foi disputada o mais correctamente que se pode imaginar, numa verdadeira manifestação de como o desporto pode ser compreendido, quando os homens a isso se dispõem.
E foi um jogo renhida mente disputado em que os adversários se bateram entusiasticamente. Havia interesses em causa, havia interesse verdadeiro e crucial pelo resultado. Pois apesar disso tudo se passou como Deus com os Anjos.
No final a assistência foi surpreendida com um gesto, parece-nos que inédito, os jogadores do Marrazes formaram alas á saída do campo e aplaudiram longamente os seus adversários vitoriosos quando estes passavam pela guarda de honra por eles tão nobremente formada.
Como não podia deixar de ser o gesto teve larga repercussão nos meios Albicastrenses que souberam dignamente reconhecer o nobre gesto dos visitantes.
Geográfica e administrativamente, Marrazes é uma pequena localidade perto de Leiria, pois a partir de domingo, recebeu foros de grande Cidade. "

Jornal Record em 8 de Maio de 1954

sábado, 9 de agosto de 2008

André Gameiro é reforço

A equipa sénior do SCL Marrazes durante esta semana viu reforçado o seu plantel, com a aquisição do médio André Gameiro, proveniente da Caranguejeira. O jogador fez a sua formação no U. Leiria e agora abraça mais um desafio na sua carreira, tendo inclusive experiência do terceiro escalão do futebol nacional com a camisola do seu anterior clube.
Segundo informações recolhidas, o plantel do SCL Marrazes poderá ainda não se encontrar encerrado.

Sendo assim, as entradas no plantel sénior são as seguintes:

Guarda-redes: Fernando (ex-Matas)
Defesas: Mário Wilson (ex-Ouriense), João André (ex-Motor Clube) e Pedro Amado (ex-junior)
Médios: André Gameiro (ex-Caranguejeira) e Tiago Clemente (ex-junior)
Avançados: "Telinho", Diogo e Rocha (todos ex-juniores)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

"O clube faz bem em aproveitar esta nova geração de treinadores"

ENTREVISTA A HUGO LOURENÇO, TREINADOR DO ESCALÃO DE ESCOLAS “B” DO SCL MARRAZES

Hugo Lourenço, 26 anos, marrazense puro, formado como jogador nas camadas jovens do SCL Marrazes, viu o seu trajecto futebolístico ser interrompido para treinar única e exclusivamente uma equipa de Escolas “B” do nosso clube. Durante as últimas quatro épocas foi jogador da equipa sénior do SCL Marrazes, sendo que nas últimas duas abraçou seriamente o comando de equipas dos escalões mais baixos do clube, nomeadamente nos Escalões de Bambis e Escolinhas. Sempre frontal e objectivo no seu discurso, Lourenço aceitou ser entrevistado pelo nosso blogue.


SCLMarrazesJovem Lourenço, revela-nos o teu percurso enquanto jogador de futebol.
Hugo Lourenço
Comecei em 1992, como infantil de segundo ano. O treinador era o Sr. Rochita, um dos grandes responsáveis por esta minha paixão pelo clube, tal como o Tróia (um grande contador de histórias) e o meu pai, pessoas importantes na transmissão do orgulho de ser Marrazense. Percorri todos os escalões do clube com boas equipas e alguns treinadores que me ensinaram a gostar do clube. Chegando ao último ano de júnior, as coisas complicaram-se. Foi um ano para esquecer, não só para mim como para o clube. No final dessa época acabei por ser dispensado. Estive inactivo durante quatro anos, onde pelo meio ainda tive uma época no 22 Junho/Amor. Após a descida do SCLM à 1ª Divisão Distrital, fui convidado pelo José Moleirinho a regressar. Para além de poder ajudar o meu clube a regressar à Divisão de Honra, tive o prazer de realizar um sonho que tinha desde miúdo, jogar no escalão máximo do clube. Como tudo tem um fim e, neste momento, jogar seria só no Marrazes acabou assim o percurso de jogador de futebol.

SCLMJ Na próxima época, não pertencerás ao plantel sénior do clube. Esclarece-nos, foste dispensado pela equipa técnica ou decidiste abandonar definitivamente o futebol?
HL
Boa pergunta. Sinceramente não sei, não falaram comigo, (risos). Posso dizer que na parte final da temporada coloquei a hipótese de abandono, devido a algum cansaço. Passava seis dias por semana no clube a treinar duas equipas e ainda a treinar nos seniores, o que me provocou algum desgaste. Partilhei esta ideia com alguns elementos do plantel mas nunca dei a palavra final. Admirado fiquei quando soube que já toda a gente no clube sabia desta minha intenção, que, repito, não era definitiva. Mas, para mim esta situação não foi nova visto que já tinha passado por ela na subida a sénior e, se nessa altura essa atitude me deixou desanimado, hoje já com mais alguma maturidade, levo isso na desportiva. A minha permanência nos seniores sempre foi para ajudar, sendo não mais necessária a minha ajuda saio de consciência tranquila. Entrei num dos momentos mais complicados da equipa e saio com a sensação de dever comprido. Espero é que quem fique consiga atingir os objectivos e coloque o clube num lugar mais ao nível do SCLM.

SCLMJ Tal como foi questionado ao Sandro e ao Miguel, enquanto sénior passaste por épocas contrastantes ao nível das classificações finais do clube. Que causas apontas para esta inconstância de resultados?
HL
Na primeira época com o José Moleirinho, em que nos safámos na última jornada contra o Vieirense, penso que acusámos muito a falta de experiência da maioria do plantel. Muitos elementos nunca tinham competido na Divisão de Honra. Com o Gonçalo Moleirinho, as coisas tomaram um rumo diferente. Houve muito trabalho de casa, treinava como se jogava. Penso que sempre estivemos fortes física e psicologicamente e, com um pouco mais de ambição e condições, esse teria sido o nosso ano. O ano passado foi uma desilusão total. A equipa apresentou-se amorfa, sem garra e muitas vezes de rastos em aspectos físicos. Lesões, arbitragens e castigos são pontos que temos de ter sempre em conta, até porque somos todos amadores e nem sempre há a preparação que seria desejada.

SCLMJ Apesar de ainda não teres o Primeiro Nível do Curso de Treinadores de Futebol, tens revelado qualidades na orientação dos atletas mais jovens do clube. Explica-nos como começou esta tua nova etapa no futebol.
HL
Comecei por apoiar o Paulo Silva no ano em que fui dispensado. De seguida, tive uma breve experiência como seccionista do Veloso. E há três anos recebi um convite do responsável pelo futebol juvenil, Cardoso, num ano com muita desorganização, para treinar os escalões mais novos. Foi um mau começo como treinador, pois entregaram-me cerca de 40 jogadores, e a minha experiência era nula. No ano seguinte tudo melhorou. Inicialmente fui só para ajudar o Veloso que estava encarregue de todos os escolinhas, mas após a separação dos miúdos por idades acabei por ficar com o Braz na equipa de Bambis.

SCLMJ Costuma-se dizer que aprendemos com os bons e maus treinadores e tu foste orientado por vários ao longo do teu percurso. De que forma é que eles influenciaram a tua visão do futebol e do treino, sendo tu actualmente responsável pela orientação e treino de atletas ainda tão jovens?
HL
Tenho a dizer que apanhei de tudo um pouco. Durante estes anos todos o que me marcou mais foi sem dúvida o Gonçalo Moleirinho e o próprio Veloso pela forma organizada que trabalham o treino. Num aspecto mais de gosto pelo clube, sem dúvida e, tal como tinha dito anteriormente, o Sr. Rochita e o Tróia, que me ensinaram algo que tento transmitir aos meus jogadores. Mas também tive influências negativas, tais como treinadores desorganizados, pouco ambiciosos e sem confiança na própria equipa. Tive, ainda, um treinador que não percebia nada de futebol, do qual apenas tirei um ensinamento: “não te metas naquilo que não sabes”.

SCLMJ Descreve-nos como é treinar jovens de cinco, seis, sete e oito anos. Que capacidades são necessárias a um treinador para trabalhar nestas faixas etárias?
HL
A principal, paciência. È preciso ter muito gosto para treinar jogadores dentro destas faixas etárias. Há que ser disciplinador, para os treinos não serem uma brincadeira, e é preciso ser conhecedor da capacidade das crianças para não se exigir demasiado.

SCLMJ As pessoas, de um modo geral, têm tendência a desvalorizar e até ignorar o trabalho realizado nestas faixas etárias. Que análise fazes desta afirmação?
HL
Embora saiba que isso é verdade, é algo que não me afecta. Realizo este trabalho por gosto e também para ajudar o clube, não me interessa se valorizam. Fico satisfeito quando alguém valoriza o trabalho que realizamos mas fico ainda mais feliz quando sinto que o valeu a pena, o tempo e o trabalho. Pretendo sim ser valorizado um dia mais tarde, pelos próprios miúdos, que me vejam na rua e me reconheçam como o treinador que lhe ensinou a crescer como jogador e como homem.

SCLMJ Actualmente, o SCL Marrazes reúne um leque de treinadores de qualidade, com a curiosidade da maioria ter sido formada como homens e jogadores no clube. Consideras que a nossa escola de talentosos jogadores se está também a expandir como escola de bons treinadores? Como explicas esta realidade?
HL
Penso que neste momento o clube está a aproveitar, e bem, uma geração de jovens que sempre se interessaram pelo clube e que cedo se prontificaram a ajudar na educação e formação dos futuros talentos do clube. Sendo estes treinadores pessoas interessadas e aplicadas, têm mostrado uma elevada aptidão para aprender, logo melhorando diariamente a sua qualidade para exercer cargos na formação do clube.

SCLMJ Com a remuneração a treinadores dos escalões de formação aumentam-se os níveis de qualidade de trabalho e, consequentemente, os resultados aparecem. Concordas com esta afirmação? Explica-nos o teu ponto de vista.
HL
A única coisa que penso que melhorará é a exigência do clube perante os treinadores, podendo, assim, haver um maior acompanhamento do clube e imposição de certas regras para os treinadores. Poderá haver uma responsabilização do treinador sem haver o problema de ficar chateado com essa situação, será mais um empregado do clube. Mesmo assim, entendo que, para quem trabalha com gosto e amor à camisola, não é isso que melhorará o seu desempenho. Os resultados só melhorarão se houver um projecto, com ou sem dinheiro.

SCLMJ O SCL Marrazes como clube de referência no nosso distrito na formação de jovens jogadores, tarda em explodir definitivamente no panorama distrital e colocar equipas nos campeonatos nacionais. O que falta para tal acontecer?
HL
O tal projecto de que falei, mas julgo que com a entrada do Gonçalo Moleirinho, isso irá surgir com o tempo. Até hoje o que sinto no SCLM é que a evolução dos atletas não é feita de forma contínua. Cada treinador tem a sua forma de pensar e estar no futebol, não tem havido debate de ideias. Depois demorou-se muito tempo a introduzir a equipa de iniciados B no clube. Penso que nesta equipa reside a chave para uma melhor transição dos atletas entre Fut. 7 e Fut. 11, podendo assim o clube trabalhar melhor a componente táctica dos jogadores. Com esta alteração e mais algumas afinações no futebol juvenil do clube essa alegria irá surgir com naturalidade.

SCLMJ Na próxima época, orientarás pela primeira vez uma equipa de Futebol 7 que, por sua vez, será constituída por atletas que basicamente darão os seus primeiros passos neste novo formato competitivo. Quais as tuas expectativas para este novo desafio?
HL
É mais uma etapa para eles e para mim. Eu, em conjunto com o Braz, terei de me preparar para este desafio, para podermos dar o melhor de nós e dar nova aprendizagem a este grupo que temos vindo a acompanhar. Expectativas são unicamente que cresçam enquanto homens e enquanto jogadores. As vitórias virão com o tempo. O importante é que o trabalho diário se reflicta no final da época.

SCLMJ Se fosses director do SCL Marrazes, que atitude tomarias em relação a atletas do clube que são assediados e pretendem representar outros clubes que, por exemplo, irão disputar campeonatos nacionais?
HL
Temos que ser realistas. O grande mal desta situação reside na nova lei, que ajuda equipas teoricamente mais fortes (o que, mais tarde, se reflecte uma pura ilusão). Contra isto nada podemos fazer, apenas criar um bom ambiente, condições para a evolução dos atletas e, mais que nunca, o cultivo pelo gosto do clube. Para além de termos de educar os filhos temos que educar os próprios pais, demonstrar-lhes que somos a melhor solução para os miúdos. Sou da opinião que certos atletas, que não saibam respeitar o Marrazes como instituição e desvalorizem todo o apoio que o clube lhe prestou durante a sua aprendizagem, devem sair e não mais voltar. As pessoas passam e o clube segue.

SCLMJ Para finalizar, que importância tem o SCL Marrazes na tua vida?
HL
Sempre fez parte da minha vida, mesmo quando não tive nenhuma ligação física com o SCLM. É pouco provável que passe um dia sem falar do SCLM, faz parte de nós, o gosto por este grande clube. Aprendi com os mais velhos a gostar dele e agora é a minha vez de ser o velho e transmitir este sentimento aos mais novitos.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

"Do lado direito do rio é Marrazes, do lado esquerdo Leiria"

Um excelente artigo do jornalista Jorge Pessoa e Silva foi publicado na edição de ontem, dia 5 de Agosto de 2008, do jornal A Bola. Como marrazense de alma e coração que sou – e como também não tive acesso ao artigo via web – decidi dedicar 47 minutos da minha vida à transcrição do texto que vem no jornal.

De realçar que o nosso clube ocupa a página 30, mesmo ao lado da 31 (como é lógico). A situação é a seguinte. A página ímpar tem como títulos “Mourinho arrasa Ranieri”, “Quero ajudar Ibrahimovic” e “Beckenbauer dava-me jeito”. Das duas uma: ou o senhor Vítor Serpa (editor d’ A Bola) quis colocar os artigos sobre Mourinho, Ibrahimovic e Beckenbauer na página seguinte à que fala sobre o SCLM para chamar a atenção para este último ou então, e é o que me parece mais evidente, o artigo sobre o nosso clube foi colocado estrategicamente nesta página para que as pessoas também pudessem ler um bocadinho sobre pessoas tão desconhecidas como Mourinho, Ibrahimovic e Beckenbauer.

Deixemo-nos de floreados e vamos ao que realmente interessa, o artigo sobre o grande Sport Clube Leiria e Marrazes.


Na aldeia do Astérix
A história perde-se no tempo e refere-se a um jogo em que o Marrazes estava a perder por muitos a poucos minutos do fim. Uma mulher levantou-se e gritou: «Força Marrazes que ainda há esperança!» A frase ainda hoje é entoada como se fosse o lema de um clube de resistentes.

«Bem-vindo à aldeia do Astérix», comenta Carlos Valente, presidente do histórico emblema. A resistência começa na década de 60, quando a autarquia de Leiria decidiu fundir os clubes da cidade num só. O Marrazes, o maior e mais popular, só aceitaria se o novo clube adoptasse o seu nome. Que não, teria de ser União de Leiria. E o Marrazes ficou, orgulhosamente, de fora.

«Do lado direito do rio é Marrazes, do lado esquerdo Leiria», comenta-se com bairrismo. Até porque foi no Campo da Mata que se começou a jogar futebol em Leiria. E foram os quartafeiristas - trabalhadores das diversas corporações que folgavam à quarta, já que domingo era dia de feira - a estar na génese do Marrazes Sport Clube, fundado em 1936. Em 1952 mudou para Futebol Clube Marrazes (filial do FC Porto durante 12 anos) e em 1964 foi rebaptizado como Sport Clube Leiria e Marrazes.

Queixas de discriminação

Apesar do Marrazes estar na I divisão distrital, a rivalidade com o U. Leiria é grande. «Se jogássemos no Municipal, gostava de mostrar que levávamos mais gente ao estádio», comenta, orgulhoso, Carlos Valente. Eleito em 2007 e com vontade de dinamizar o clube, desportiva e socialmente. «Irrita-me que uma cidade do Euro '04 não dê a devida importância ao apoio às infra-estruturas do Marrazes», desabafa, aludindo depois aos subsídios para a formação: «Nós formamos jovens de Marrazes. A equipa de juniores do U. Leiria tem seis brasileiros e muitos jovens de outras cidades. Quem faz mais pela juventude de Leiria?»

Trabalho social

Carlos Valente é claro. «Os clubes, hoje, têm de ser prestadores de serviços para sobreviverem.» Por isso, aproveitou a ampla sede e fez uma parceria com a divisão de educação da Câmara. «Essa sim, acredita no Marrazes.» E o clube promove um ATL e campos de férias. Internamente, criou um fundo para pagar material escolar para os seus jogadores, criou actividades extracurriculares e de apoio ao estudo, controlando as notas. «Eu próprio cresci e joguei no Marrazes. Que me apoiou e ajudou a pagar os estudos. Temos muito orgulho neste trabalho social», comenta o dirigente.

Carlos Valente olha para o problemático Bairro Sá Carneiro e quer que o clube seja pólo de integração. «Antes vandalizavam a sede, roubavam as redes das balizas. Fomos ter com os miúdos, falámos com eles, ouvimo-los, damos o apoio e tudo mudou. Bastou abrir pontes», comenta orgulhoso.

Aldeia do desporto

O Campo da Mata, onde trabalha toda a formação, é pelado. E tem de dar para as 18 equipas, entre as 18 e 22 horas. Já deu entrada na Câmara um projecto para se colocar um relvado. Mas o processo arrasta-se. Também o piso do Pavilhão está em mau estado e já aconteceram acidentes na patinagem. Se a autarquia não ajudar, a solução passará por um pavilhão na Marinha Grande.

O Marrazes vai abandonar o seu velhinho parque de jogos, pelado, em nome do desenvolvimento urbano de Marrazes. Para compensar, a Junta de Freguesia avançou com a construção da Aldeia do Desporto. As obras estão em curso e contemplam um campo com relvado sintético e bancadas para duas mil pessoas. E um campo secundário de futebol de 7. Até ao momento a autarquia ainda não contribuiu. Marrazes, repete-se, é a «aldeia do Astérix».

Diferendo com o Sporting

Na localidade conta-se também a história de Rui Patrício. Que começou a jogar no Marrazes, aos seis anos, como... médio. Aos nove, teve de fazer um jogo na baliza. Gostou tanto e deu-se tão bem que não mais a largou. Aos 12 foi para o Sporting, hoje é titular na equipa leonina. O Marrazes reclamou a compensação pela formação mas como o Sporting se recusa a pagar a Federação vai decidir. Em Marrazes lamenta-se que os grandes clubes estejam sempre a levar jovens jogadores. São 360 os que, diariamente, ali se formam.

Curiosidades

ULISSES. O treinador da Naval, Ulisses Morais, terminou a carreira de jogador e iniciou a de treinador no Marrazes.

PATROCÍNIO. As camisolas serão sponsorizadas pelo promissor grupo musical All Star Project, de Marrazes, já lançado pela Antena 3.

GASTRONOMIA. Marrazes é a Terra da Gastronomia. A cada Outubro, o clube organiza o Festival dos Doces da Avó e do Petisco.

DANÇA. A Academia de Dança é um orgulho pela qualidade e número de espectáculos. Aeróbica é outra das actividades propostas.

DAVID FONSECA. Natural de Marrazes, o músico será convidado a participar na criação e interpretação de um hino.

SUBIDA. Oitenta por cento do plantel sénior é formado no clube. O treinador António Paiva tentará em breve a subida aos nacionais.

II DIVISÃO. A participação na II Divisão Nacional, em 1977/78 (equivalente à Liga de Honra actual) foi um momento marcante.

Espaço de Entrevistas

O próximo convidado do Espaço de Entrevistas do nosso blogue é mais um jovem marrazense com um passado e presente ligados ao Futebol Sénior e Juvenil. É cada vez mais um dos rostos do SCL Marrazes e que nos irá dar a conhecer um pouco da sua história e opiniões.
Em breve, aqui no SCL MARRAZES JOVEM.

sábado, 2 de agosto de 2008

"Marrazes não se escreve, sente-se!"

ENTREVISTA A MIGUEL CARVALHO, JOGADOR DA EQUIPA SENIOR DO SCL MARRAZES

Miguel Carvalho, ou simplesmente Miguel para os Marrazenses, é um dos vários jogadores dos seniores do SCL Marrazes provenientes da sua “cantera”. A poucos dias de festejar 24 anos, é uma das referências da equipa e o reflexo do objectivo do trabalho desenvolvido nos nossos escalões de formação. Jogador polivalente no sector ofensivo, foi o melhor marcador da equipa na época passada. Em vésperas do início dos trabalhos de pré-temporada, Miguel deu uma pequena entrevista ao nosso blogue.


SCLMarrazesJovem Miguel, conta-nos o teu percurso enquanto jogador do SCL Marrazes.
Miguel
Comecei com sete anos por gostar de jogar à bola na rua com os amigos. Nessa altura queria ser guarda-redes, mas o meu pai convenceu-me a ir para a frente e entrei para o clube. Nos Escolas tive como treinador o Sr. Rocha até chegar aos infantis (com 10 anos) onde me sagrei pela primeira vez campeão distrital, subindo de divisão. Tive nos iniciados o meu ano mais negativo, tendo jogado muito pouco no meu primeiro ano e inclusive ser chamado para guarda-redes suplente. Tive uma formação com muitos altos e baixos, subindo e descendo de divisão várias vezes. Cheguei aos Seniores e logo no meu primeiro ano descemos de divisão, subindo logo no ano seguinte. Este é o meu quinto ano de sénior.

SCLMJ Foste sempre um jogador que sobressaiu nos escalões de formação do clube, apesar das tuas equipas, de um modo geral, terem apresentado resultados bastante modestos e sempre aquém do esperado. Consideras que a tua evolução como jogador foi prejudicada por esse factor?
M
Sem dúvida, pois o nível competitivo influencia a evolução dos jogadores. Mesmo assim considero que evoluí bastante a jogar nos Distritais.

SCLMJ Tiveste vários treinadores ao longo do teu percurso. Revela-nos quais é que mais te marcaram.
M
Tenho que referir dois, não por gostar menos dos outros, mas sim porque foram os que mais me marcaram. Por aquilo que me ensinou destaco o Sr. João Rocha. Pela motivação que me deu ao longo da época, permitindo que esta fosse fantástica tanto a nível individual como colectivo, tenho que referir o Cláudio Serrano. Quero deixar uma palavra de apreço a todos os outros treinadores que de uma maneira ou de outra deixaram a sua marca na minha formação enquanto jogador e homem.

SCLMJ Tal como foi questionado ao Sandro, enquanto sénior tens passado por épocas contrastantes, de altos e baixos, ao nível das classificações finais do clube. Que causas apontas para esta inconstância de resultados?
M
Talvez a falta de estabilidade dentro do clube e a falta de projectos das direcções anteriores. Penso que, com esta direcção, podemos encontrar essa estabilidade que o clube sempre precisou. Somos uma equipa totalmente amadora, por este motivo os resultados dos primeiros jogos do campeonato são muito importantes para a motivação dos jogadores de forma a garantir a sua entrega e não abdicarem dos treinos.

SCLMJ Desde há alguns anos para cá, és alvo de cobiça por alguns clubes do distrito, onde eventualmente poderias ganhar algum dinheiro, treinar e jogar em condições mais aliciantes. Esta época não fugiu à regra? Que motivos te levam a permanecer no SCL Marrazes?
M
Estive quase a abandonar o clube com boas propostas mas foi-me apresentado um projecto que acredito que tenha futuro. Joguei 17 anos em campo pelado e este ano vou ter a oportunidade de jogar num sintético no clube do meu coração, não a podia desperdiçar.

SCLMJ Mas assumes que gostavas de ter uma experiência diferente, por exemplo numa 3ª Divisão Nacional? Ainda tens essa esperança?
M
Claro que tenho essa esperança e sei que irei concretizar, se não for no Marrazes (que espero que seja) será noutro clube porque sei que tenho valor para isso.

SCLMJ Por falar em 3ª Divisão Nacional, para quando o regresso do nosso clube a esse escalão? O que achas ser necessário para tal acontecer?
M
Já esteve mais longe essa tão desejada subida. Acredito que, neste momento e com esta direcção, se estão a criar condições para num futuro próximo tal acontecer. È necessário ter calma e não querer fazer logo tudo de uma vez. Primeiro construir a base para depois poder atacar a subida.

SCLMJ Expectativas a nível colectivo e individual para esta época.
M
A nível colectivo espero que atinjamos a manutenção o mais rápido possível, de forma a garantir uma época tranquila, e, depois disso, quem sabe sonhar com os lugares cimeiros. Tenho o sonho de ganhar uma taça pelo Marrazes e espero que seja esta época. A nível individual espero fazer uma época melhor do que a anterior e marcar uma bicicleta fora da área.

SCLMJ Numa frase, descreve-nos o que representa para ti o SCL Marrazes.
M
MARRAZES NÃO SE ESCREVE, SENTE-SE!!!

Imagens: SCLMJ e Luís Joaquim